
Se na véspera do Mundial de Handebol 2023 a seleção feminina de handebol do Brasil é respeitada, muito se deve ao feito obtido há dez anos. Em dezembro de 2013, o país conquistou um inédito título mundial, apagou frustrações e finalmente atingiu a elite da modalidade.
Não é exagero dizer que o handebol brasileiro se divide entre antes e depois de 2013. Em dezembro daquele ano, a seleção brasileira feminina conquistou o título inédito e garantiu o “passo a mais” que faltava para a modalidade – um feito que reverbera ainda hoje, na véspera do Mundial de Handebol feminino 2023.
Para a competição que acontecerá entre 29 de novembro e 17 de dezembro entre Dinamarca, Suécia e Noruega, as jogadoras do Brasil terão não apenas a estrela bordada na camisa para homenagear o título, mas também o respeito conquistado pela geração dourada há dez anos na Sérvia.
Hoje, por exemplo, a própria Federação Internacional de Handebol reconhece que a seleção brasileira entra nas competições com “grandes ambições” e que “talento não é um problema”. Um cenário bem diferente do encontrado em 2013, quando o técnico Morten Soubak se incomodou com o tratamento dado pela Dinamarca na véspera da semifinal do Mundial.
“O que eles fizeram eu não achei certo. Para mim, você pode achar que seu time vai ganhar um jogo porque está melhor que o adversário, porque tem mais capacidade em alguns pontos do jogo, tem jogadores melhores, mas falar que vai ganhar porque seu oponente é ruim, é limitado, porque já jogou contra ele e sabe o que fazer para ganhar é falta de respeito”, comentou o treinador ao site Olimpíada Todo Dia em 2018.
Dinamarquês, ele imprimiu as manchetes dos jornais, traduziu e passou às jogadoras no vestiário. Em uma partida brilhante, as brasileiras venceram de forma incontestável por 27 a 21 e ganharam ainda mais confiança para superarem a Sérvia e os mais de 20 mil torcedores no ginásio na final do Mundial de Handebol 2013.
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